FedEx lança serviço de liberação de carga formal de importação em Viracopos

A Federal Express Corporation (FedEx) está lançando no Brasil um novo serviço de liberação de carga formal de importação no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). O desembaraço da carga agora pode ser realizado no armazém da empresa no aeroporto, reduzindo o tempo de liberação das cargas.

A empresa já trabalhava com a modalidade de cargas expressas no Brasil, e ganhou licença de despachante aduaneiro para importação formal em outubro para operar o novo serviço. A Receita Federal do Brasil atestou a conformidade da operação e a estrutura da filial com as regras de segurança e controle aplicáveis a recintos alfandegados.

"Estamos aprimorando a experiência dos nossos clientes, oferecendo um portifólio ainda mais robusto para atender, com eficiência e previsibilidade, todas as etapas da importação", afirma Gabriel Kayser, Diretor de Marketing e Experiência do Cliente da FedEx no Brasil. 

O cliente tem a opção de fazer o desembaraço aduaneiro com a própria FedEx ou com o próprio despachante dele no armazém alfandegado da ABV, concessionária do aeroporto, onde a FedEx também atua. Para Gláucia Megna, Diretora de Vendas para o Serviço Internacional da FedEx no Brasil, a grande vantagem da nova opção é a agilidade. "A gente vai controlar o processo logístico de ponta a ponta, no nosso armazém, sem precisar mandar a carga para o armazém da ABV e retornar. Isso vai fazer uma grande diferença, principalmente em epocas do ano em que enfrentamos gargalos", explica.

A diretora também aponta que a nova operação aumenta a visibilidade da carga. "Informação é ouro, e é importante para o cliente não só saber que a carga vai chegar, mas onde ela se encontra e em que momento está no processo", explica.

Operação da empresa no Brasil

A Tecnologística foi convidada para conhecer as instalações da empresa em Viracopos e acompanhar de perto a operação. A FedEx opera tanto com cargas de importação quanto de exportação no Brasil, com serviços expressos e de tempo estendido na modalidade econômica. A filial de Viracopos é a principal base da empresa no Brasil e recebe quatro voos semanais com rota Memphis - Campinas - Memphis, conectando-se à base da empresa em Memphis, Tenessee, nos Estados Unidos.

Operando com um avião Boeing 767 tipo wide body, a empresa garante a agilidade das entregas trabalhando com uma janela de apenas 90 minutos de ground time. As cargas para exportação chegam de diversas partes do país durante a madrugada e a manhã e são preparadas até uma hora antes da chegada do avião. Todo o descarregamento e carregamento das cargas, além da troca de tripulação e manutenção da aeronave, são feitos em uma hora e meia.

Para receber e distribuir as cargas para todas as regiões do Brasil e países da América do Sul como Argentina, Chile e Uruguai, a FedEx conta com cerca de 360 centros de envio, caminhões com carga inteira e fracionada e 7 Ship Centers no país. A empresa faz parcerias com diversas companhias aéreas para enviar produtos para o Norte e Nordeste do Brasil, e utiliza transporte terrestre para outras regiões.

As cargas do tipo global air freight, que são as cargas paletizadas com peso superior a 68kg, não passam pelos voos regulares da rota de Memphis. Elas chegam e saem do Brasil transportadas em aeronaves de companhias aéreas parceiras em cerca de 60 voos semanais.

Setores atendidos no Brasil

De acordo com Gláucia, os setores mais atendidos pela FedEx no Brasil são o automotivo, o aeroespacial e o e-commerce, que cresceu muito durante a pandemia e segue em crescimento. "O e-commerce veio para dar uma oportunidade de fazer com que os produtos cheguem em qualquer lugar do mundo. O empreendedor brasileiro de moda, cosméticos e outros segmentos hoje consegue acessar muito mais facilmente diversos mercados", comemora Gláucia. Além desses segmentos, a empresa também trabalha com cargas perigosas e com cargas paletizadas de alto peso.

A executiva explica que a época da pandemia foi um propulsor importante, trazendo um fluxo de maior interesse na exportação: "As pessoas precisaram ser criativas e buscar outras fontes de receita. A parceria com a FedEx foi importante porque muitas empresas não faziam ideia de como era o processo de exportação e cada país tem suas regulamentações. Ajudamos os clientes ensinando o processo e mostrando a execução. Muitos clientes começaram pequenininhos e creesceram junto com a gente", comenta.

A Argentina, o Chile e Uruguai também são mercados estratégicos da FedEx na América do Sul, sobretudo para o setor aumotivo.

Infraestrutura renovada

A unidade da FedEx em Viracopos conta com área de 10 mil m² e mais de 200 funcionários. Para lançar o novo serviço, o armazém da empresa foi adaptado para atender às exigências da Receita Federal, incluindo a instalação de tecnologias e equipamentos de grande porte. A reformulação das instalações também contemplou medidas de sustentabilidade, com a inclusão de empilhadeiras e paleteiras elétricas. 

A FedEx conta com certificação OEA (Operador Econômico Autorizado) nas categorias "Custodiante de Mercadorias sob Controle Aduaneiro" e "Segurança para Transporte Internacional". Por possuir essa habilitação na modalidade especial, a empresa pode fazer recolhimento de impostos para clientes de importação na modalidade de remessa expressa, com possibilidade de recolhimento dos tributos no prazo de até 21 dias desde a data de liberação da remessa.