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Serviços de transporte avançam acima da média nacional e ampliam participação na atividade econômica

Boletim da CNT indica crescimento do setor mesmo com juros altos, inflação pressionada e incertezas externas
Por Redação em 28 de novembro de 2025 às 7h17
Serviços de transporte avançam acima da média nacional e ampliam participação na atividade econômica
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O setor de transporte registrou expansão de 1,2% em setembro e manteve desempenho superior ao restante dos serviços, segundo a nova edição do Boletim de Conjuntura Econômica da Confederação Nacional do Transporte (CNT). O resultado ocorre em um ambiente marcado por Selic elevada, inflação resistente e instabilidade internacional, mas ainda assim reforça a participação do transporte na atividade econômica brasileira.

O avanço mensal foi impulsionado principalmente pelo transporte aéreo, que cresceu 3,4%, seguido pelo transporte terrestre, com alta de 1,2%, e pelos serviços auxiliares, que aumentaram 0,8%. O transporte aquaviário recuou 4,9% no período, embora siga como o segmento que mais acumulou crescimento desde 2020. No total, o volume de serviços de transporte está 23,9% acima do nível pré-pandemia, superando a média geral do setor de serviços.

Dentro das operações logísticas, o transporte de cargas ampliou sua trajetória de expansão. Em setembro, registrou aumento de 0,7% em relação a agosto e acumula alta de 39,7% frente ao período pré-pandemia. Na comparação com setembro de 2024, o crescimento foi de 3,6%. Já o transporte de passageiros subiu 0,4% no mês, avançou 7,7% em base anual e permanece 10,3% acima do patamar anterior à crise sanitária.

O boletim destaca que o desempenho do transporte ocorre enquanto a economia enfrenta política monetária restritiva e elevação da carga tributária. Na reunião de novembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 15% ao ano, patamar vigente desde julho. O Banco Central justificou a decisão com base nas expectativas inflacionárias, ainda acima da meta. O IPCA acumulado em 12 meses atingiu 4,68%, superando o teto de 4,5% previsto para 2025 pelo 13º mês consecutivo.

No mesmo período, o grupo Transportes do IPCA registrou alta de 0,11% em outubro, influenciado pelos aumentos em passagens aéreas, transporte por aplicativo e transporte público. Em 12 meses, a inflação do grupo foi de 3,69%, abaixo da média geral. Os combustíveis tiveram variação de 0,32% no mês e 2,72% no acumulado anual, com aumento no etanol e na gasolina. O óleo diesel caiu 0,46% em outubro.

O documento também apresenta indicadores macroeconômicos relacionados ao ambiente de negócios. O dólar registrou média de R$ 5,38 em outubro, enquanto o Ibovespa alcançou recorde de 157.749 pontos em novembro. Mesmo com queda de 0,2% no IBC-Br em setembro, o nível de atividade segue 10,5% acima do registrado antes da pandemia.

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