A KPMG, rede global de empresas independentes que prestam serviços profissionais de autoria e consultoria, publicou o estudo Alcançando infraestrutura sustentável (Achieving sustainable infrastructure, em inglês), conteúdo que evidencia que aspectos como resiliência, mitigação, preparação e crescimento sustentável estão no topo da agenda de executivos de negócios e representantes governamentais.
Segundo a análise, governos de todo o mundo estão recorrendo à infraestrutura como um meio de impulsionar o crescimento econômico. Além disso, a priorização de projetos de infraestrutura sustentáveis por meio de mecanismos como finanças sustentáveis e critérios ambientais, sociais e de governança robustos podem ajudar a garantir uma retomada pós-pandemia mais resiliente e menos desigual para lidar com ameaças iminentes, incluindo as mudanças climáticas.
“Enquanto o mundo se prepara para uma nova realidade pós-pandemia, neste momento é clara a necessidade de reconstruirmos a economia e as sociedades globais para um futuro mais resiliente, mais sustentável e menos desigual”, afirma o sócio-líder de Infraestrutura da KPMG na América Latina e deputy head da KPMG Impact, Fernando Faria.
Para a KPMG, as empresas interessadas em alcançar uma infraestrutura sustentável devem seguir quatro vertentes. A primeira é a mudança climática e descarbonização. Desenvolvedores de infraestrutura e proprietários de ativos devem quantificar impactos, riscos e ações necessárias para descarbonizar seus negócios e minimizar os efeitos das alterações climáticas.
Na sequência é preciso mensurar impactos sociais, ambientais e econômicos, com a aplicação de uma metodologia que capte o valor que criam para a comunidade para além do financeiro e ferramentas para monitorar esses impactos ao longo da vida do ativo.
A terceira vertente é a lente ESG, sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança. Segundo esse ponto, investidores e desenvolvedores precisam avaliar sua estratégia, seus processos de aquisição e desinvestimento e a gestão de seus ativos por meio de uma óptica ESG.
Para finalizar, há o financiamento sustentável. Nesse ponto, desenvolvedores de infraestrutura, proprietários de ativos e investidores têm um papel importante em criar e estruturar modelos de sustainable finance, que incentivem cada vez mais a opção por projetos mais sustentáveis, mais resilientes e, por consequência, com uma melhor perspectiva de risco de retorno no longo prazo.
Segundo o sócio-líder de Infraestrutura da KPMG no Brasil, Eduardo Redes, as equipes da companhia estão trabalhando com organizações comprometidas a enfrentar esses desafios. “O objetivo é estarem aptas a planejar, financiar, construir e gerenciar programas de infraestrutura sustentáveis, resistentes a riscos, socialmente impactantes e que proporcionem crescimento econômico sustentável para as gerações atuais e futuras”, afirma.