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Safra de café no Sudeste chega ao fim e exportações ganham fôlego pelo Porto de Itaguaí

Brasil manteve sua posição como maior produtor e exportador mundial de café, registrando o terceiro maior volume da história
Por Redacción el 10 de octubre de 2025 a las 8h00
Safra de café no Sudeste chega ao fim e exportações ganham fôlego pelo Porto de Itaguaí
Foto: Divulgação / Sepetiba Tecon
Foto: Divulgación / Sepetiba Tecon

A colheita da safra 2024/25 de café na região Sudeste do Brasil foi oficialmente encerrada em julho, marcando o início de uma nova etapa para o setor: a exportação dos grãos colhidos. Segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o país manteve sua posição como maior produtor e exportador mundial de café, registrando o terceiro maior volume da história.

São Paulo e Minas Gerais, principais estados produtores do café arábica, registraram queda na produtividade, reflexo da bienalidade negativa e das condições climáticas adversas. Ainda assim, a safra nacional alcançou 55,7 milhões de sacas, com destaque para a variedade conilon, que teve um desempenho recorde graças à estabilidade climática no Espírito Santo.

A liderança do Brasil como exportador se torna estratégica diante do crescimento contínuo da demanda mundial pela bebida. Estimativas da Organização Internacional do Café (USDA) apontam que, diariamente, são consumidas cerca de 485 mil sacas de 60 kg em todo o planeta. Atualmente, a Europa lidera o consumo, com 53,7 milhões de sacas adquiridas na última safra, o que representa 30,35% da demanda global. No entanto, a China vem se destacando como um novo polo consumidor: o consumo chinês cresceu 150% nos últimos dez anos, com previsão de 6,3 milhões de sacas negociadas na próxima safra, número bem superior à sua produção nacional, segundo o USDA.

Diante desse cenário, o Sepetiba Tecon, terminal de contêiner localizado no Porto de Itaguaí, tem ganhado relevância e se consolidado como uma opção estratégica para o escoamento das exportações, oferecendo escalas semanais para a China e Europa, principais destinos do café brasileiro.

"Além da regularidade das escalas, para escoar todo o volume exportado sem gargalos logísticos, são necessários acessos rodoviários e ferroviários, sem a interferência dos centros urbanos, e gates abertos com antecedência. Nós reunimos todos esses requisitos, o que justifica a escolha dos produtores de café que operam conosco", afirma Guilherme Vidal, gerente-geral do Sepetiba Tecon.

 

Entraves logísticos no Brasil

Apesar da alta demanda e do bom desempenho da colheita, o Cecafé divulgou um dado preocupante: em julho de 2025, o Brasil deixou de exportar 508.732 sacas de café, o equivalente a 1.542 contêineres, resultando em uma perda de R$ 1,084 bilhão em receita cambial.

Um dos principais motivos foram os atrasos e alterações nas escalas dos navios. O Boletim Detention Zero (DTZ), desenvolvido pela startup ElloX Digital em parceria com o Cecafé, revelou que 51% dos navios registraram problemas em julho, 167 embarcações de um total de 327 nos portos brasileiros, incluindo os terminais de contêineres de Santos e os da cidade do Rio de Janeiro.

Para Ronald Pires de Moraes, Gerente Administrativo de Exportação da Cooxupé - Cooperativa de Cafeicultores de Guaxupé, é essencial criar novos corredores logísticos para ampliar as possibilidades e garantir alternativas de escoamento: "A pulverização do embarque do café é necessária para evitar prejuízos em toda a cadeia produtiva. O Porto de Itaguaí é uma das opções que temos para que a carga não sofra com os atrasos recorrentes de embarque", diz Moraes.

A expectativa do Sepetiba Tecon para os próximos meses é de crescimento dos embarques, para consolidar ainda mais a posição estratégica do Porto de Itaguaí na logística cafeeira brasileira.

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