Lucro líquido foi de US$ 25,6 milhões, crescimento de 178,6% frente ao mesmo período de 2007
A Wilson, Sons Limited informa que obteve no Brasil um lucro líquido de US$ 25,6 milhões no segundo trimestre de 2008, um crescimento de 178,6% em relação aos US$ 9,2 milhões registrados em igual período do ano anterior. No acumulado do ano, o lucro líquido atingiu US$ 38,8 milhões, registrando um aumento de 83,1% em relação ao primeiro semestre de 2007. A receita líquida consolidada aumentou 27,1% no trimestre, alcançando US$ 127,2 milhões, ante os US$ 100,1 milhões obtidos no segundo trimestre do ano passado.
De acordo com a empresa, este crescimento está ligado principalmente ao desempenho dos segmentos de Terminais Portuários, Rebocagem – juntos, responsáveis por mais de dois-terços (67,2%) da receita líquida consolidada da companhia no trimestre – e Offshore, além do resultado nas operações do estaleiro. No semestre, a expansão foi de 36% (de US$ 182,7 milhões no primeiro semestre de 2007 para US$ 248,4 milhões no acumulado de 2008).
O EBITDA no trimestre quase dobrou, chegando a US$ 30,9 milhões, com um crescimento de 91,8% em relação aos US$ 16,1 milhões apurados no segundo trimestre de 2007. A margem EBITDA subiu 8,2 pontos percentuais – de 16,1% no segundo trimestre de 2007 para 24,3% no segundo trimestre de 2008.
O Representante Legal e Relações com Investidores da Wilson, Sons, Felipe Gutterres, explica que os principais fatores que contribuíram para o com o resultado foram a estrutura de preços e o foco em serviços de maior valor agregado. “O desempenho positivo, observado tanto no segundo trimestre de 2008 quanto no primeiro semestre de 2008, confirma nossa visão otimista quanto ao modelo de negócios integrado da Wilson, Sons, mesmo tendo em vista o cenário adverso, marcado pelo enfraquecimento do dólar e o aumento da inflação", diz.
A companhia informa que dá continuidade ao seu plano de investimento, tendo aplicado durante o semestre o montante de US$ 36,4 milhões, dos quais US$ 19,5 milhões no segundo trimestre de 2008. Os valores foram investidos, principalmente, nos segmentos de Terminais Portuários, Rebocagem, Logística e Offshore. Entre as iniciativas, destaca-se a expansão do terceiro berço no Tecon Rio Grande, seguida da aquisição de equipamentos tanto para este terminal, quanto para o Tecon Salvador, além da operação de leasing de equipamentos no segmento de logística e investimentos em novos rebocadores e no PSV (Platform Supply Vessel) Atobá – a quinta unidade da frota. “Até o final do ano de 2008, pretendemos, no mínimo, entregar mais um rebocador e um PSV. Além disso, até o ano de 2010, planejamos entregar mais duas dessas embarcações", afirma.
Resultados por segmento
O segmento de terminais portuários inclui dois terminais de contêiner no Brasil (Tecon Rio Grande e Tecon Salvador), cujas atividades são operação portuária de carregamento e descarregamento de navios, armazenagem e serviços acessórios. Em adição, a Wilson, Sons opera a Brasco, terminal dedicado à prestação de serviços para a indústria de óleo e gás. A receita líquida do segmento atingiu US$ 44,8 milhões neste segundo trimestre, expansão de 21,3% ante os US$ 36,9 milhões registrados em igual período de 2007. No semestre, o aumento foi de 23,6% (de US$ 66,9 milhões para US$ 82,7 milhões na comparação entre os semestres).
Entre os fatores positivos ressaltados pela empresa no segundo trimestre de 2008 estão a recuperação de margens, um melhor mix de serviços prestados e o crescimento de atividades de armazenagem. As receitas destes itens subiram no período em função do incremento das importações, aliado à greve dos auditores da Receita Federal, que aumentou o período de permanência de produtos armazenados. Outro destaque do segmento de terminais portuários, no trimestre, foi o crescimento das atividades de cabotagem.
O EBITDA do segmento, apurado no segundo trimestre de 2008, foi de US$ 16,6 milhões, acréscimo de 42,7% quando comparado aos US$ 11,6 milhões no igual período do ano passado. A margem EBITDA subiu 5,6 pontos percentuais, de 31,5% para 37,1%. No semestre, o EBITDA cresceu 34,7% (de US$ 21,1 milhões no primeiro semestre de 2007 para US$ 28,4 milhões nos primeiros seis meses de 2008), enquanto a margem aumentou 2,8 pontos percentuais, saindo de 31,6% para 34,4%.
No segmento de rebocagem são oferecidos os serviços voltados para portos e oceânico, assistência a salvatagem, bem como apoio a operações marítimas na indústria offshore. A receita líquida se expandiu 15%, atingindo US$ 40,7 milhões neste trimestre, ante os US$ 35,4 milhões apurados no mesmo período do ano passado. Na comparação semestral, a receita líquida aumentou 19,1% e totalizou US$ 77 milhões no primeiro semestre deste ano, ante os US$ 64,6 obtidos em igual intervalo do ano anterior. O melhor mix de manobras portuárias e melhores margens, aliados aos serviços prestados a navios de maior deadweight e o aumento dos serviços especiais foram os principais destaques desse segmento.
Na Logística, a Wilson, Sons desenvolve e fornece soluções de logística para a gestão da cadeia de suprimentos de seus clientes e distribuição de seus produtos, que passam pela integração de diversos serviços de logística, incluindo armazenagem convencional, a alfandegada, distribuição, transportes rodoviário e multimodal, e "NVOCC" (Non Vessel Operating Common Carrier).
Com um avanço de 52,2% nos resultados, o segmento de logística da companhia contabilizou US$ 44,6 milhões de receita líquida no primeiro semestre de 2008, ante dos US$ 29,3 milhões alcançados em igual período de 2007. No segundo trimestre de 2008, o segmento totalizou US$ 22,5 milhões, montante 54,9% superior aos US$ 14,5 milhões do 2T07.
O segmento continua a se beneficiar do efeito cambial positivo sobre as receitas em reais e das operações do Porto Seco localizado em Santo André, devido ao aumento no volume das importações e na armazenagem de produtos de maior valor agregado.
Já no agenciamento marítimo, a empresa presta serviços de agenciamento a armadores nos principais portos do país. Esses serviços incluem representação comercial, serviços de documentação, controle de contêineres e também de demurrage (sobrestadia). O segmento alcançou receita líquida de US$ 9,9 milhões neste semestre mantendo-se praticamente estável quando comparada ao montante de US$ 9,8 milhões apurado no primeiro semestre de 2007.
Na atividade Offshore, a Wilson, Sons presta serviços de suporte à exploração e produção de petróleo e gás por meio da operação de embarcações PSVs, que realizam transporte de equipamentos, lama para perfuração, tubos, cimento e outros materiais necessários para a operação das plataformas.
A receita líquida do segmento cresceu 55,9%, passando de US$ 2,8 milhões no segundo trimestre de 2007 para US$ 4,4 milhões em igual período deste ano. O início das operações do PSV Pelicano, em maio de 2008, aliado à maior taxa diária e maiores margens operacionais, contribuiu para o aumento da receita do segmento.
O EBITDA do Offshore mais que dobrou na comparação trimestral (de US$ 0,9 milhão para US$ 2,1 milhões na comparação entre trimestres), e subiu 91,4% na comparação semestral (de US$ 1,7 milhão em 2007 para US$ 3,2 milhões no acumulado de 2008).
Em Atividades não-segmentadas, a Wilson, Sons inclui os serviços prestados por seu estaleiro a terceiros, sua participação na empresa de dragagem Dragaport, e os custos de administração da Companhia, que servem a todos os segmentos. A receita líquida das atividades não-segmentadas aumentou significativamente, passando de US$ 5,3 milhões no segundo trimestre do ano passado para US$ 9,9 milhões neste trimestre fiscal. Na comparação entre os semestres, essa receita triplicou: passou de US$ 7,5 milhões em 2007 para US$ 26,7 milhões em 2008.
Felipe Gutterres aproveita e divulga algumas ações. "Pretendemos expandir nosso estaleiro, o qual viabilizará novos projetos, especialmente nos segmentos de offshore e rebocagem. Por exemplo, a oportunidade de construção de novas embarcações de apoio marítimo à exploração e produção de petróleo e gás, a participação em novas licitações da Petrobras, bem como novas oportunidades no mercado spot de embarcações de suporte à indústria de óleo e gás", conta.