Representantes do transporte rodoviário de cargas se reuniram em 17 de setembro de 2025, em Brasília, com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, para tratar da participação do setor no acesso ao crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinado a projetos de energia limpa.
A audiência foi solicitada por entidades ligadas à NTC&Logística, que encaminharam ao ministério um ofício destacando a necessidade de reduzir as emissões do transporte rodoviário, responsável por 93% do total de emissões do setor de transportes no país. O documento também defendia a ampliação do uso de biocombustíveis e a renovação da frota com caminhões movidos a biometano, elétricos e híbridos, alinhados às diretrizes da Política Nacional sobre Mudança do Clima.
Estiveram presentes no encontro: Antonio Luiz Leite, diretor financeiro da NTC&Logística; José Maria Gomes, diretor jurídico; Marcos Aurélio Ribeiro, diretor da entidade; Joyce Bessa, vice-presidente extraordinária da Pauta ESG; Urubatan Helou, conselheiro vitalício; Carlos Panzan, presidente da FETCESP; Oswaldo Vieira Caixeta Junior, presidente da ABTLP; Julio Eduardo Simões, presidente do Sindipesa; Fernanda Rezende, diretora-executiva adjunta da CNT; e João Bessa, presidente da TransJordano.
No debate, foi ressaltado que o acesso ao Fundo Clima, que contempla iniciativas de logística de transporte, transporte coletivo e mobilidade, precisa incluir de forma efetiva o transporte de cargas. As entidades pediram condições diferenciadas de crédito para financiar renovação de frota e investimentos em infraestrutura sustentável.
Segundo os representantes do setor, o transporte rodoviário tem papel central na economia nacional, mas também responde por parcela significativa das emissões. Por isso, defendem que linhas de crédito específicas do BNDES sejam disponibilizadas para apoiar investimentos em tecnologias de menor impacto ambiental.
As lideranças do setor também destacaram que a agenda de descarbonização deve ser tratada como estratégica para a economia brasileira, sobretudo no contexto da realização da COP30, da qual o Brasil será sede em 2025.