O Consórcio K&G Rota da Celulose venceu o leilão de concessão da chamada Rota da Celulose, realizado nesta quinta-feira (8) pelo Ministério dos Transportes. O projeto abrange a concessão de trechos das rodovias federais BR-262 e BR-267, além das estaduais MS-040, MS-338 e MS-395, em Mato Grosso do Sul, totalizando 870,3 quilômetros.
A proposta vencedora apresentou um desconto de 9% sobre a Tarifa Básica de Pedágio e prevê investimentos de R$ 10,1 bilhões, com ações previstas como duplicações, construção de acostamentos, terceiras faixas e obras complementares. O consórcio é formado pela K-Infra Concessões e Participações Ltda. e pela corretora Galápagos.
Além da vencedora, participaram da disputa os consórcios Caminhos da Celulose (desconto de 8%), Rotas do Brasil S.A. (5%) e BTG Pactual (4%). Segundo o Ministério dos Transportes, o modelo adotado unifica trechos de rodovias federais e estaduais em um único lote, ampliando o potencial de atração de investimentos e integrando soluções voltadas ao aumento da segurança viária e à fluidez do tráfego.
De acordo com o ministro dos Transportes, Renan Filho, o investimento privado é considerado essencial para a execução de projetos de infraestrutura em razão das limitações fiscais do governo federal. A concessão da Rota da Celulose também é parte de uma parceria entre o governo federal e o governo do estado de Mato Grosso do Sul.
Entre os destaques do contrato está a previsão da construção de um contorno rodoviário no município de Três Lagoas, cuja execução será feita pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e que será posteriormente incorporado ao trecho concedido.
O edital também inclui a implantação de três Pontos de Parada e Descanso (PPDs) para caminhoneiros, diante do volume expressivo de veículos de carga pesada na região. A iniciativa atende a diretrizes do Ministério dos Transportes relacionadas à segurança e às condições de trabalho dos motoristas.
A área de abrangência da concessão inclui os municípios de Água Clara, Bataguassu, Campo Grande, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo e Três Lagoas, com foco no escoamento da produção agroindustrial, especialmente da cadeia da celulose.
A expectativa do governo é que as obras gerem mais de 100 mil empregos diretos e indiretos e contribuam para a reorganização da infraestrutura de transportes no estado, que também conta com projetos nas áreas ferroviária, hidroviária e aeroportuária.