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Modelo de contratação de motoristas no Brasil deve passar por mudanças estruturais, aponta ILOS

Pesquisa indica envelhecimento da categoria e baixa entrada de novos profissionais no setor de transporte rodoviário
Por Redacción el 19 de mayo de 2025 a las 7h57
Modelo de contratação de motoristas no Brasil deve passar por mudanças estruturais, aponta ILOS
Foto: Reprodução/Pixabay
Foto: Reproducción/Pixabay

Estudo conduzido pelo Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS) aponta para a necessidade de mudanças no modelo de contratação de motoristas de caminhão no Brasil. De acordo com o levantamento, o país tem registrado um envelhecimento progressivo da força de trabalho no setor e uma participação reduzida de profissionais em início de carreira.

Segundo Mauricio Lima, sócio-diretor do ILOS, o setor enfrenta uma diminuição constante na quantidade de motoristas disponíveis, especialmente entre os mais jovens. Em 2024, apenas 4,11% dos motoristas tinham até 30 anos, enquanto 11,05% estavam acima dos 70 anos. Os dados indicam um deslocamento etário da categoria para faixas mais avançadas.

Entre 2018 e 2021, o mercado já havia registrado queda na disponibilidade de profissionais, tendência que se intensificou ao longo da década. Em 2014, o Brasil contava com aproximadamente 5,5 milhões de motoristas de caminhão. Em 2024, o número caiu para 4,4 milhões, representando uma redução de 20% em dez anos.

A distribuição etária dos motoristas em 2024 reforça o cenário de envelhecimento da categoria:

  • 18 a 30 anos: 181 mil

  • 31 a 40 anos: 576 mil

  • 51 a 60 anos: 1,22 milhão

  • 61 a 70 anos: 898 mil

  • Acima de 70 anos: 468 mil

Lima afirma que a principal dificuldade do setor não é a evasão dos profissionais para outras áreas, mas sim a baixa atração de novos talentos. Um dos fatores que contribui para esse cenário, segundo ele, é o modelo predominante de contratação no Brasil, baseado na atuação de motoristas autônomos, que precisam arcar com o investimento em veículos próprios.

A projeção do ILOS é que esse modelo tende a perder força nos próximos anos. A expectativa é que as empresas do setor logístico passem a investir diretamente na aquisição de veículos, assumindo o papel de contratantes diretas dos motoristas. Essa prática já ocorre em determinadas regiões do país, especialmente no interior, e pode se expandir como alternativa para garantir a continuidade da operação de transporte.

Do ponto de vista da frota, o cenário atual não apresenta restrições. Em 2024, o número de novos caminhões licenciados chegou a 120 mil unidades, o que representa um aumento líquido de 65 mil veículos. A disponibilidade de caminhões não é considerada um gargalo no momento, apesar do alerta para a oferta futura de mão de obra qualificada para condução desses veículos.

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