O operador logístico AGV, adquirido em 2019 pela Solistica, subsidiária de operação logística da FEMSA, anunciou hoje o seu relançamento oficial no mercado, impulsionado pela aquisição estratégica liderada pelas gestoras de investimentos GEF Capital e Vinci Compass. A transação posiciona a AGV para uma nova fase de expansão e consolidação em um mercado logístico brasileiro projetado para superar os US$ 129 bilhões até 2029. A companhia, que já gerencia uma vasta operação com cerca de 500 mil m² de área de armazenagem e atende 680 clientes no Brasil e na Colômbia, com faturamento anual de R$1,6 bilhões, retoma sua marca com o objetivo de fortalecer sua posição em um setor ainda muito fragmentado.
A mudança sinaliza o retorno da GEF Capital, que já foi sócia da AGV durante o período entre 2015 e 2019, e o ingresso da Vinci Compass, com Mauricio Motta retornando à liderança como presidente. O plano de negócios incorpora, na transação, a Logvett, operador logístico que Mauricio havia fundado na sua saída da AGV em 2022.
De acordo com comunicado divulgado pela empresa, a estratégia da nova estrutura societária é capitalizar sobre o modelo de negócio da AGV, que não exige frota e imóveis próprios (asset light), conferindo agilidade para atender às demandas de mercados complexos. Esta abordagem permite que a empresa se adapte rapidamente, uma vantagem competitiva num cenário onde os cinco maiores players detêm apenas 2,38% de participação.
A empresa gerencia uma operação de alta complexidade e o desafio, segundo a nova gestão, não é apenas executar essa movimentação, mas extrair inteligência dos dados gerados. Para o futuro, o plano da AGV é utilizar o novo capital para investir em tecnologia e em soluções de inteligência, visando não apenas a eficiência, mas a proatividade na resolução de problemas, que é a principal dor da indústria.
"A era da logística que apenas reage a problemas acabou. O futuro está na predição", afirma Maurício Motta, presidente da AGV. "Nossos clientes esperam que, como especialistas, a gente traga a solução antes mesmo que o problema se intensifique e esses novos investimentos serão cruciais para desenvolvermos as ferramentas que nos permitirão fazer exatamente o que almejamos."
A tese de investimento também inclui um forte pilar de sustentabilidade, onde a otimização logística inerente ao modelo da empresa contribui para a redução de emissões de CO2, transformando a redução do impacto ambiental em um ativo, por meio da adoção de frotas de baixo carbono e outras inovações sustentáveis.