A JSL inaugurou uma nova filial em Butiá (RS), com investimento de R$ 8 milhões e área de 20 mil metros quadrados. A base conta com oficina e escritório e gerou 70 postos de trabalho. A unidade integra o conjunto de aportes da companhia no estado, que já somam R$ 190 milhões desde 2023, destinados principalmente à aquisição de veículos e equipamentos para atender à fabricante de celulose CMPC.
A operação é responsável pelo transporte de 1,8 milhão de metros cúbicos de madeira por ano. Para essa atividade, a JSL passou a utilizar também uma carreta de nove eixos remontável, que se adapta às normas de diferentes rodovias.
A empresa, com quase 70 anos de atuação, integra o Grupo Simpar, que também controla a Movida e a CS Infra, esta última concessionária da ponte que liga Brasil e Argentina em São Borja. A JSL é considerada a maior operadora de logística de transportes do país, com presença em diversos segmentos, incluindo commodities, mineração, setor automotivo, químico, alimentos, bebidas e combustíveis. Além do transporte, atua em armazenagem, intralogística e última milha.
No Rio Grande do Sul, a empresa mantém mais de 1,5 mil funcionários. As operações incluem transporte internacional de veículos da General Motors entre Brasil e Argentina, envio de peças de fornecedores brasileiros para fábricas argentinas, movimentação de produtos refrigerados e logística para a CMPC, que envolve cerca de 650 funcionários e quase 200 caminhões.
Entre as inovações adotadas está o desenvolvimento de veículos de quatro eixos, que reduzem em 8% a necessidade de caminhões. Essa configuração resulta em menor impacto no trânsito e na emissão de poluentes. O modelo inclui um tritrem que permite remontagem das composições, operando durante o dia no transporte de madeira e à noite em formato reduzido.
Com a nova fábrica da CMPC, prevista para receber R$ 24 bilhões em investimentos no estado, a JSL projeta dobrar sua operação. A empresa já atua como principal parceira da indústria florestal, setor que tem registrado expansão com o aumento da exportação de celulose para mercados como a Índia. A nova base em Butiá foi planejada para sustentar esse crescimento futuro.
*Com informações da Coluna Giane Guerra.