O desempenho acompanhou a produção de veículos, que avançou 7,8% de janeiro a junho. O resultado foi impulsionado principalmente pelo aumento de 59,8% nas exportações de veículos, fator que sustentou a demanda de autopeças no período.
Apesar do crescimento no semestre, o setor apresentou sinais de desaceleração em junho. O faturamento nominal recuou 5,4% em relação a maio e, em termos reais, a queda foi de 5,6%. Na comparação anual, o crescimento também perdeu intensidade: passou de 16,3% em maio para 5,9% em junho, sendo 2,9% em termos reais.
As vendas para montadoras, responsáveis por mais de 65% do faturamento do setor, recuaram 5,0% em junho frente a maio (queda de 5,2% em termos reais). O mercado de reposição também registrou retração, com baixa de 12,0% nominal e 12,2% real. Dentro desse segmento, a linha leve caiu 14,08%, enquanto a linha pesada recuou 1,21%. Na comparação anual, o faturamento do mercado de reposição apresentou queda de 4,1% nominal e 12,2% real.
As exportações seguiram em alta no acumulado do semestre, com crescimento de 16,9% nominal e 13,4% real em reais. Em dólares, a expansão foi de 3,7% (alta de 0,6% em termos reais). O Sindipeças observou, no entanto, variações negativas nas exportações em dólares quando considerada a série de 12 meses, atribuídas à desvalorização do real, que torna os produtos brasileiros mais baratos e impacta os valores faturados.
A utilização da capacidade instalada do setor atingiu 74,7% em junho, uma redução de 0,5 ponto percentual em relação a maio, mas ainda 0,9 ponto acima do nível de junho de 2024.
O número de empregados apresentou recuperação no mês, com crescimento de 1,8% frente a maio, revertendo a queda de 3,6% registrada no mês anterior. Na comparação com junho de 2024, o aumento foi de 2,8%.