Movimentação portuária brasileira atinge recorde histórico em abril pelo segundo mês consecutivo

A movimentação nos portos brasileiros alcançou 107,6 milhões de toneladas em abril de 2025, o maior volume já registrado para o mês na série histórica. Os dados foram divulgados pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), com base no levantamento do Estatístico Aquaviário, produzido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O número representa um aumento de 1,12% em relação a abril de 2024.

No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, a movimentação portuária totalizou 412 milhões de toneladas. O desempenho reflete a continuidade do crescimento já observado em março, quando também foi registrado recorde mensal.

A navegação de longo curso, que envolve operações de exportação e importação, foi responsável por 76,6 milhões de toneladas movimentadas em abril, com crescimento de 1,71% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Já a cabotagem, que se refere à navegação entre portos dentro do território nacional, movimentou 23,3 milhões de toneladas. A navegação interior, realizada em hidrovias dentro do território, registrou 7,6 milhões de toneladas.

Os terminais autorizados, de uso privado, movimentaram 69,8 milhões de toneladas, representando um avanço de 4% sobre abril de 2024. Já os portos públicos foram responsáveis por 37,8 milhões de toneladas no mesmo período.

Quanto ao perfil da carga, os granéis sólidos atingiram 65,1 milhões de toneladas, uma variação positiva de 2,27% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os granéis líquidos apresentaram alta de 1,94%, com 25,7 milhões de toneladas movimentadas.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou os leilões previstos para o ano como parte das estratégias para ampliação da capacidade de movimentação portuária. Entre os projetos mencionados estão o leilão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá e o terminal de contêineres Santos 10.

Segundo o ministério, os resultados obtidos nos primeiros meses de 2025 indicam continuidade no processo de expansão da movimentação portuária brasileira, acompanhando o desempenho da produção nacional e do comércio exterior.