A Wilson Sons, empresa com mais de 187 anos de experiência, divulga pela primeira vez o seu inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) do Escopo 3, com base nos dados de 2024. As emissões de escopo 3 são a categoria mais abrangente e que mais contribui para a pegada de carbono de uma empresa, considerando emissões indiretas em toda a cadeia de valor, como fornecedores, clientes, distribuição e bens arrendados.
A publicação do inventário está alinhada às diretrizes do Programa Brasileiro GHG Protocol, amplia a transparência da companhia em um contexto nacional ainda em desenvolvimento quanto à mensuração dessas emissões, reforçando seu compromisso com uma gestão climática cada vez mais estratégica e abrangente.
Reconhecida pelo quinto ano consecutivo com o Selo Ouro do Programa GHG Protocol, a empresa já possui sólida maturidade na gestão de suas emissões diretas e indiretas (Escopos 1 e 2). A certificação é um reconhecimento às corporações que reportam, de forma transparente, todas as suas fontes emissoras em seus inventários, com verificação de auditoria externa, um passo importante para o enfrentamento às mudanças climáticas. De acordo com a Wilson Sons, a inclusão do Escopo 3 representa uma evolução necessária frente aos desafios da transição para uma economia de baixo carbono.
Para a empresa, a decisão de mapear e reportar voluntariamente as emissões ao longo da sua cadeia de valor está alinhada a práticas globais como as metas Net Zero (nas emissões de GEE provenientes do transporte marítimo internacional até 2050) e os compromissos baseados na ciência (SBTi). O resultado demonstrou que o Escopo 3 representa a maior parcela das emissões totais da companhia, evidenciando a importância de sua integração na estratégia de descarbonização da Wilson Sons.
Para garantir assertividade e foco, este primeiro inventário concentrou-se nos negócios com maior impacto e as análises priorizaram categorias relevantes, como:
● Categoria 1 – Compra de bens e serviços: abrange insumos utilizados nas operações diárias;
● Categoria 2 – Bens de capital: refere-se a ativos incorporados ao patrimônio;
● Categoria 3 – Atividades relacionadas à energia e combustível: considera emissões da produção e transporte de energia e combustíveis adquiridos;
● Categoria 11 – Uso de bens e serviços vendidos: com maior peso no inventário, contempla o consumo de diesel por embarcações de clientes durante serviços de rebocagem e operações portuárias;
● Categoria 13 – Bens arrendados: inclui o consumo de combustível em embarcações de apoio alugadas para atividades offshore.
"Mais do que cumprir uma etapa técnica, esse movimento evidencia um compromisso concreto da Wilson Sons com a transformação sustentável da cadeia de valor e o desenvolvimento do setor portuário e de logística do País, impulsionando o comércio exterior brasileiro e a competitividade no mercado global", afirma João David Santos, gerente de Sustentabilidade da Wilson Sons.
Ações de descarbonização
Nos últimos anos, a companhia tem conduzido diferentes estudos para implementar inovações que proporcionem redução do consumo de combustíveis e de energia elétrica em suas atividades. As novas tecnologias e os novos equipamentos utilizados nas unidades de negócio da Wilson Sons, como a divisão de Rebocadores e os terminais de contêineres em Salvador (BA) e no Rio Grande (RS), que estão aptos a operar os maiores navios do mundo, tornam as operações mais seguras, eficientes e com menores intensidades de emissões, contribuindo com a descarbonização da logística portuária e marítima no Brasil.
Entre 2022 e 2024, a companhia construiu em seu estaleiro, no Guarujá (SP), no complexo portuário de Santos, seis rebocadores com tecnologia mais sustentável, renovando sua frota de mais de 80 embarcações que atuam ao longo do litoral brasileiro. O casco inovador dos rebocadores permite diminuir as emissões de gases de efeito estufa, com redução estimada de até 14% no consumo de combustíveis fósseis, contribuindo para melhorar a qualidade do ar dos portos onde operam. Em 2025, a Wilson Sons iniciou, em seu estaleiro, a construção da nova série de três rebocadores com tecnologia sustentável e grande potência.
Outras iniciativas da companhia são: uso de energia de terra nos rebocadores (prioriza o consumo de energia renovável) e de biocombustíveis; monitoramento da frota de rebocadores na Central de Operações, em Santos (SP), o que otimiza as velocidades de deslocamento; e, nos terminais de contêineres, a aquisição de energia elétrica 100% renovável (Tecon Rio Grande) e a substituição de equipamentos a diesel por elétricos (Tecon Rio Grande e Tecon Salvador). Também foram iniciados testes pioneiros com drones no Porto de Salvador para entrega e coleta de cargas a bordo, reforçando a liderança em inovação portuária.
Confira aqui o Relatório de Sustentabilidade da Wilson Sons na íntegra.