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Estudo do MIT e da Mecalux aponta adoção de IA em 60% dos armazéns e mudança estrutural nas operações globais

Levantamento com 2.000 líderes de logística indica maturidade tecnológica do setor, novos modelos de trabalho e investimentos com retorno médio de dois a três anos
Por Redacción el 1 de diciembre de 2025 a las 7h35
Estudo do MIT e da Mecalux aponta adoção de IA em 60% dos armazéns e mudança estrutural nas operações globais
Foto: Divulgação
Foto: Divulgación

Um estudo conduzido pelo Intelligent Logistics Systems Lab (ILS) do MIT, em parceria com a Mecalux, mostra que a inteligência artificial já está presente em 60% dos armazéns e passou a compor rotinas operacionais do setor de armazenagem em 21 países. Os dados, obtidos a partir das respostas de mais de 2.000 profissionais de logística e cadeia de suprimentos, apontam para uma transição em larga escala dos processos manuais para sistemas automatizados e baseados em dados.

O levantamento indica que mais de 90% dos armazéns utilizam alguma forma de IA ou automação avançada e que mais da metade das organizações opera em estágio considerado avançado ou totalmente automatizado. As aplicações incluem preparação de pedidos, otimização de estoques, manutenção preditiva, planejamento de trabalho e monitoramento de segurança. O uso deixou de ser restrito a programas piloto e passou a integrar fluxos diários de operação.

O estudo mostra ainda que os investimentos em IA têm obtido retorno médio de dois a três anos. As empresas destinam entre 11% e 30% dos orçamentos de tecnologia de armazém para iniciativas de IA e machine learning, impulsionadas por redução de custos, expectativas de clientes, restrições de mão de obra, metas ambientais e competição de mercado. Os autores destacam que o valor gerado pela IA supera o ganho estritamente operacional e está associado à construção de capacidades permanentes.

Apesar da adoção crescente, as organizações relatam desafios para ampliar o uso da IA. Entre os principais estão integração de sistemas, qualidade de dados, custo de implantação e escassez de profissionais técnicos. Segundo o ILS, a fase final de implementação concentra a maior complexidade, por exigir alinhamento entre pessoas, infraestrutura e análise de dados. As empresas, no entanto, indicam possuir bases sólidas de gestão de dados e apontam como aceleradores o uso de ferramentas adequadas, roteiros claros e ampliação de orçamento.

A pesquisa também observa que a IA não tem reduzido o número de trabalhadores, mas alterado a estrutura das equipes. Três quartos das empresas registraram aumento de produtividade e satisfação interna após a adoção da tecnologia, e mais da metade ampliou o quadro de funcionários. Funções especializadas, como engenharia de IA, automação, ciência de dados e melhoria de processos, passaram a compor a operação dos armazéns.

Para os próximos dois a três anos, quase todas as empresas afirmam que ampliarão o uso da IA. O estudo aponta que 87% pretendem aumentar o orçamento destinado ao tema e 92% têm projetos ativos ou em desenvolvimento. A próxima etapa, segundo o relatório, será marcada pelo avanço de tecnologias de decisão, especialmente a inteligência artificial generativa, apontada pelas empresas como recurso central para atividades como documentação automatizada, modelagem de fluxos, otimização do espaço e geração de código para sistemas de automação.

Segundo o ILS, ferramentas preditivas auxiliam na identificação de problemas e a IA generativa amplia a capacidade de projetar soluções e estruturar ações automatizadas. Os pesquisadores indicam que o setor se aproxima de uma fase na qual decisões operacionais poderão ser executadas de forma autônoma em um número crescente de armazéns.

O relatório conclui que, no início do período de maior demanda anual devido à Black Friday, o setor opera com níveis inéditos de digitalização. A combinação de IA, automação e equipes especializadas redefine a gestão de armazéns e aponta para integração crescente entre dados, sistemas e tomada de decisão nas operações logísticas globais.

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