
A demanda global por carga aérea cresceu 4,1% em outubro de 2025 em relação ao mesmo mês de 2024, segundo a Associação de Transporte Aéreo Internacional (IATA). O volume, medido em toneladas-quilômetro de carga (CTK), marcou o oitavo mês consecutivo de expansão. A capacidade disponível (ACTK) aumentou 5,1% no período.
O resultado ocorre em um ambiente de recuperação do comércio internacional. Em setembro, o volume global de bens movimentados cresceu 5,3% na comparação anual, e a produção industrial avançou 3,7%, o maior índice desde março de 2025. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) global de manufatura atingiu 51,45 pontos, indicando manutenção da atividade. No mesmo período, os preços do querosene de aviação subiram 2,5%, influenciados pelo aumento do custo do diesel que ampliou o crack spread em relação ao registrado em 2024.
A análise por regiões mostra comportamentos distintos. A África apresentou o maior crescimento, com avanço de 16,6% na demanda e aumento de 20% na capacidade. A Ásia-Pacífico registrou elevação de 8,3%, mantendo o melhor desempenho entre os grandes mercados. A Europa cresceu 4,3%, enquanto o Oriente Médio aumentou 5,7% sua demanda, com expansão de 10% na capacidade. América Latina e América do Norte registraram retração de 2,7%, formando o pior resultado do mês. O fator de carga global ficou em 47,1%, queda de 0,5 ponto percentual na comparação anual.
As principais rotas comerciais também apresentaram variações. Europa–Ásia registrou crescimento de 11,7% e completou 32 meses consecutivos de alta, com participação de 20,4% no mercado mundial. Oriente Médio–Ásia aumentou 11,5% e somou oito meses de expansão. África–Ásia avançou 10,9% e completou quatro meses de crescimento. As operações dentro da Ásia cresceram 9%, acumulando 24 meses de alta. A rota América do Norte–Europa subiu 2,6% após 21 meses de expansão. Oriente Médio–Europa registrou leve incremento de 0,1%.
Europa–América do Norte e as rotas intraeuropeias tiveram pequenas quedas. A rota Ásia–América do Norte manteve retração de 1,4% pelo sexto mês consecutivo, influenciada por mudanças nas cadeias de suprimentos e pelo efeito de tarifas aplicadas pelos Estados Unidos, que alteraram o fluxo de demanda entre regiões.