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Simple Carbon lança plataforma de cálculo de emissões do transporte brasileiro

Por Redação em 22 de dezembro de 2025 às 13h52
Simple Carbon lança plataforma de cálculo de emissões do transporte brasileiro
Foto: Reprodução / Simple Carbon
Foto: Reprodução / Simple Carbon

O transporte rodoviário de cargas representa 90% das emissões relacionadas aos transportes, setor responsável por 11% das emissões de CO2 do Brasil. Para auxiliar no monitoramento e redução e emissões, a Simple Carbon lançou a primeira plataforma de medição de emissões de gases de efeito estufa específica para o transporte rodoviário de cargas. Apresentada ao público durante a COP30 em Belém (PA), a solução foi reconhecida pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), que destacou o case na Estação do Desenvolvimento da COP como referência nacional para o setor.

 

Como funciona

Desenvolvida no Brasil, a plataforma tem foco em automação, rastreabilidade e conformidade, e promete ser uma solução com implementação imediata, aproveitando dados já existentes. Voltada a empresas de todos os portes, a plataforma conecta-se aos documentos fiscais eletrônicos obrigatórios da contratante e de seus parceiros logísticos e interpreta parâmetros técnicos das operações utilizando metodologias reconhecidas pelo GHG Protocol e pelo IPCC.

Para a empresa, a plataforma transforma dados fiscais obrigatórios em inteligência operacional, permitindo que embarcadores e transportadoras tenham visibilidade placa a placa de cada veículo, rota, modal e distância percorrida, dispensando planilhas e cálculos manuais. A solução oferece um inventário contínuo de emissões, rotas ociosas, perfil da frota e ranking de desempenho de transportadores terceirizadas. Com isso, gargalos logísticos se tornam visíveis, rotas de alto custo são identificadas e é possível comparar prestadores de serviço com base em desempenho real.

Além dessas ferramentas de visibilidade, a plataforma também oferece visão cliente-embarcador e relatórios de ESG e compliance, facilitando a visão geral do desempenho de sustentabilidade entre diversos stakeholders.

 

Cenário brasileiro

O transporte rodoviário é responsável por mais de 60% da movimentação de cargas no Brasil, mas o setor carece de eficiência operacional e inteligência de dados para apoiar a tomada de decisões. De acordo com o panorama provido pela Simple Carbon, a maioria das empresas relata não conseguir calcular ou reportar seus indicadores ESG de forma confiável. A ausência de dados padronizados e transparência sobre a eficiência das operações é predominante em todo o setor, e muitas empresas ainda não atendem às exigências da Lei 15.042 que regula o mercado de carbono.

A Lei 15.042 criou o SBCE – Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões, que estabelece um ambiente regulado para monitorar, reportar, reduzir e compensar emissões de GEE no país. Com isso, as empresas passam a ser enquadradas em dois níveis:

1.  Empresas que emitem acima de 10 mil tCO₂e/ano – equivalente a cerca de 100 caminhões em operação – precisam monitorar e reportar suas emissões e remoções anuais.
2.  Empresas que emitem acima de 25 mil tCO₂e/ano – equivalente a cerca de 250 caminhões em operação – precisam reportar reduções, compensações e cumprir metas obrigatórias de mitigação.

O não cumprimento das regras pode implicar punições severas, incluindo multas de até R$ 5 milhões ou 3% do faturamento bruto da empresa; embargo das atividades; perda de benefícios fiscais e linhas de financiamento; proibição de contratar com a administração pública por até 3 anos; e cancelamento de registro.

Além de acompanhar as diretrizes do Mercado Brasileiro de Carbono e do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), a plataforma integra os parâmetros da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O objetivo é oferecer segurança técnica e regulatória para as empresas que precisam alinhar suas operações às exigências ambientais e contratuais.

De acordo com a Simple Carbon, além da conformidade legal, a iniciativa tem benefícios para todas as partes interessadas: as transportadoras ganham atendimento legal, credibilidade em relatórios ESG, transparência e diferencial competitivo em negociações; o mercado agora contam com padronização do cálculo de emissões, suprindo uma lacuna do setor; e a sociedade ganha uma logística mais eficiente e menos poluente.

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