Ibovespa
127.604,23 pts
(1,20%)
Dólar comercial
R$ 5,99
(-1,05%)
Dólar turismo
R$ 6,22
(-0,87%)
Euro
R$ 6,33
(-0,51%)

Sheinbaum acusa EUA e Canadá de dependência de importações chinesas; México apresenta plano para fortalecer a produção regional

Presidente mexicana destaca diferenças nos níveis de importação da Ásia e propõe reduzir dependência
Por Redação em 29 de novembro de 2024 às 7h09
Sheinbaum acusa EUA e Canadá de dependência de importações chinesas; México apresenta plano para fortalecer a produção regional
Foto: Notimex/José Pazos
Foto: Notimex/José Pazos

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, criticou nesta sexta-feira os Estados Unidos e o Canadá por seus altos níveis de importação de produtos chineses. Durante sua conferência matinal, afirmou que o governo mexicano trabalha em um plano para substituir importações asiáticas e fortalecer a produção dentro da América do Norte, no contexto das tensões comerciais pela revisão do T-MEC.

“Os Estados Unidos têm muitas importações da China, de fato, isso foi parte de um projeto econômico dos EUA durante muitos anos. O Canadá também, e o México também. Nós temos um plano”, declarou a presidente.

As declarações ocorrem enquanto o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, expressaram preocupação com os investimentos e produtos chineses que chegam à região através do México.

Disputa por dados de importação
Sheinbaum rebateu as críticas destacando que, nos Estados Unidos, as importações asiáticas representam 7,5% da indústria automotiva, enquanto no México equivalem a 5,2%. Além disso, apresentou dados que mostram que as importações da Ásia totalizam US$ 211,1 bilhões no México, aproximadamente um quinto dos US$ 1,08 trilhão registrados nos Estados Unidos.

O secretário de Fazenda, Rogelio Ramírez de la O, afirmou que o México trabalha em um projeto para reduzir o déficit comercial com a China, que atualmente soma US$ 80 bilhões. Segundo Ramírez de la O, o objetivo é identificar produtos que o México importa em excesso da China e buscar formas de produzi-los localmente ou dentro da América do Norte.

Pressão do Canadá e dos EUA
O primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford, intensificou as discussões ao declarar que todos os líderes provinciais canadenses apoiam a exclusão do México do T-MEC devido aos produtos chineses que entram no país por meio do México. Nos Estados Unidos, Trump prometeu implementar tarifas generalizadas às importações, incluindo taxas de pelo menos 100% para automóveis fabricados no México sob marcas chinesas.

Com a revisão do T-MEC programada para 2026, as tensões entre os três países aumentam, enquanto o México busca posicionar seu plano como uma solução para reduzir a dependência da Ásia e fortalecer a integração econômica na região.

Usamos cookies e tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência, analisar estatísticas e personalizar a publicidade. Ao prosseguir no site, você concorda com esse uso, em conformidade com a Política de Privacidade.
Aceitar
Gerenciar