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Consumo de biodiesel deve subir 9,0% em 2025 e 6,4% em 2026, projeta StoneX

Levantamento aponta expansão do consumo até 2026 e altera dinâmica de escoamento de matérias-primas e distribuição de biocombustível
Por Redação em 15 de dezembro de 2025 às 7h27
Consumo de biodiesel deve subir 9,0% em 2025 e 6,4% em 2026, projeta StoneX
Foto: Reprodução/Freepik
Foto: Reprodução/Freepik

A StoneX manteve as projeções de crescimento para o mercado de biodiesel, indicando aumento da demanda e impacto direto nas operações de logística de insumos e distribuição do biocombustível nos próximos anos. A consultoria estima consumo de 9,8 milhões de m³ em 2025, variação positiva de 9% em relação a 2024. Para 2026, o cenário base prevê 10,5 milhões de m³, enquanto o cenário alternativo — que incorpora a possível adoção do B16 conforme diretriz do CNPE — projeta cerca de 11 milhões de m³, com acréscimo aproximado de 1 milhão de toneladas no uso de óleo de soja.

As projeções são sustentadas pelos resultados recentes do setor. Dados da ANP mostram que as vendas de biodiesel atingiram 914 mil m³ em outubro. No acumulado de janeiro a outubro, o volume alcançou 8,1 milhões de m³, frente aos 7,6 milhões registrados no mesmo intervalo de 2024. A produção acompanhou esse ritmo, somando aproximadamente 8,1 milhões de m³ e registrando avanço de 7,3% na comparação anual.

Segundo o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Leonardo Rossetti, o desempenho recente reflete o comportamento da demanda por diesel B e a evolução contínua da produção. Ele aponta que a diferença entre B14 e B15 tende a se ampliar nos próximos levantamentos.

A consultoria indica que a continuidade desse cenário depende das condições das próximas safras e do andamento da atividade econômica. Mesmo com expectativa de crescimento mais moderado do PIB em 2026, a adoção integral do B15 deve sustentar o consumo projetado. No cenário alternativo, a migração para o B16 adicionaria cerca de 1,2 milhão de m³ à demanda estimada para o período.

Mudanças no mix de matérias-primas alteram fluxos logísticos

O 5º bimestre registrou alterações na composição das matérias-primas destinadas ao biodiesel. O consumo de óleo de soja alcançou 1,368 milhão de toneladas entre setembro e outubro, abaixo das 1,437 milhão de toneladas observadas no bimestre anterior. Esse movimento reduziu a participação do óleo de soja no mix de 86,4% para 81,6%. As estimativas para 2025 foram mantidas, mas o cenário de B16 para 2026 passou por ajuste, de 9,0 para 8,9 milhões de toneladas.

No mesmo período, houve crescimento no uso de sebo bovino, que passou da média de 45,8 mil toneladas até agosto para 76,5 mil toneladas em setembro e 86,9 mil toneladas em outubro. A participação do insumo atingiu 8,7% e 9,5%, respectivamente.

A mudança decorreu da imposição de tarifas de 50% pelos Estados Unidos sobre as importações de sebo brasileiro. As exportações, antes em média mensal de 44 mil toneladas, caíram para 27 mil em setembro e 7,5 mil em outubro. Os EUA representam mais de 90% dos embarques do produto, o que redirecionou parte do volume ao mercado interno.

A combinação de aumento do consumo projetado, ajustes no uso de matérias-primas e alteração nos fluxos de exportação indica maior demanda por capacidade de transporte, armazenagem e integração logística em toda a cadeia do biodiesel, do campo aos centros de distribuição.

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