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Concluída, pavimentação da BR-163 facilita escoamento de grãos

Trecho de 51 km liga o estado do Mato Grosso aos portos do Pará
Por Redação em 27 de fevereiro de 2020 às 12h15

O Governo Federal entregou, na primeira quinzena de fevereiro, a pavimentação dos últimos 51 km da BR-163 que faltavam para ligar o estado do Mato Grosso aos portos do Pará. A obra chega para contribuir com o escoamento da safra de grãos que sai do centro do país, sobretudo do estado do Mato Grosso, até os terminais paraenses, de onde são transportados para os principais centros consumidores em todo o mundo.

Segundo o presidente da Associação de Terminais Portuários (ATP), Murillo Barbosa, a rodovia federal representa um novo impulso para a economia, pois viabiliza o transporte de produtos agrícolas pelo Brasil, especialmente pelo Arco Norte, o que incrementa a exportação. “A conclusão da BR-163 vai permitir um fluxo ainda maior de caminhões de carga que abastecem os navios, levando ainda mais crescimento e desenvolvimento para a Região Norte do país”, acredita.

A expectativa é de que a BR-163 seja o principal corredor de exportação de grãos e, em pouco tempo, 20 milhões de toneladas dos mais diferentes produtos cheguem até os portos do Arco Norte, que tem grande impacto no escoamento de grãos. Um terço dos grãos exportados no ano passado saiu por esses portos.

“Acreditamos que a Região Norte tem um alto potencial, seja pelo aumento da produção de bauxita e de grãos vindos do norte do Mato Grosso e de outras regiões próximas, quanto pela conclusão da BR-163”, diz Barbosa.

Alguns números reforçam a importância do Arco Norte. Segundo dados divulgados no dia 12 de fevereiro pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a logística de escoamento pela região cresceu quase 500% nos últimos nove anos.  Em 2019, foram 30,1 milhões de t de soja e milho a mais que o volume exportado pelos portos acima do paralelo 16 em 2010. Do total de grãos exportados no ano passado, 32% passaram por essa rota e 68% por portos do Sul e do Sudeste. Em 2010, essa participação de portos do Norte e do Nordeste era de 14,4%.

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