A DHL Express divulgou em junho de 2025 os resultados de um inquérito global sobre sustentabilidade em pequenas e médias empresas (PMEs). O estudo ouviu mais de 5.000 decisores em 11 mercados — Reino Unido, França, Alemanha, Países Baixos, Austrália, China, Singapura, Japão, México, Canadá e Índia — abrangendo nove setores, entre eles varejo, bens de consumo, engenharia, moda, tecnologia, químicos, ciências da vida, saúde e serviços financeiros.
O levantamento mostra que dois terços das PMEs consideram a sustentabilidade “muito importante” ou “extremamente importante” para os seus negócios. O índice é mais alto nos setores de serviços financeiros e moda, em que 81% dos entrevistados destacaram a relevância do tema.
Apesar da percepção, a maioria das empresas ainda destina apenas 1% a 3% do orçamento operacional para práticas sustentáveis. Apenas 9% planejam investir mais de 5%, enquanto 16% não preveem qualquer alocação de recursos.
Em termos regionais, China e Índia lideram a priorização do tema. Na China, 72% das PMEs afirmaram que a sustentabilidade é “extremamente importante” para as suas operações; na Índia, o índice foi de 59%, contra uma média global de 35%. No Japão, apenas 16% das empresas relataram esse nível de importância.
O inquérito também evidencia baixa confiança das PMEs na disposição dos clientes em pagar mais por opções sustentáveis de transporte. Globalmente, só 23% acreditam que os consumidores estariam “muito” ou “extremamente” dispostos a fazê-lo. O índice, contudo, sobe para 51% na Índia e 47% na China.
Entre os desafios relatados pelas empresas para avançar com práticas de sustentabilidade, a adesão interna e o apoio dos clientes aparecem como principais barreiras. Na Alemanha, por exemplo, 74% das PMEs apontaram essa dificuldade.
No setor da moda, tradicionalmente pressionado por críticas ambientais, 81% das PMEs afirmaram que a sustentabilidade é prioridade, e 78% acreditam que oferecer opções de entrega sustentável pode melhorar a imagem da marca. Já no setor de serviços financeiros, 43% consideram o tema “extremamente importante” e 88% estão dispostos a destinar orçamento para iniciativas sustentáveis, o maior índice entre os segmentos analisados.
De acordo com a DHL, o estudo integra a Estratégia 2030 – Acelerar o Crescimento Sustentável, que busca apoiar clientes na descarbonização da cadeia de abastecimento. Entre as iniciativas, estão o programa GoGreen Plus, a expansão da maior frota de veículos elétricos do setor logístico e o uso de combustível de aviação sustentável, que já representou a maior participação global no segmento em 2023.
Segundo o CEO do Grupo DHL, Tobias Meyer, o investimento em logística de baixas emissões responde à crescente demanda de clientes e deve se converter em vantagem competitiva no médio prazo.
"Orgulhamo-nos de manter a maior frota de veículos elétricos no setor da logística e de alcançar a maior quota de combustível de aviação sustentável entre todas as companhias aéreas a nível mundial em 2023. O investimento em logística de baixas emissões, que antecipa a procura futura do mercado, irá materializar-se numa vantagem competitiva, uma vez que estas soluções de transporte estão a tornar-se cada vez mais importantes para os nossos clientes", afirma o executivo.