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ICMS dos combustíveis terá novo aumento em 2026 e pressiona custos logísticos

Reajuste definido para janeiro eleva tributo sobre gasolina, diesel e gás de cozinha e amplia impacto no frete e no transporte de cargas
Por Redação em 12 de dezembro de 2025 às 7h29
ICMS dos combustíveis terá novo aumento em 2026 e pressiona custos logísticos
Foto: Reprodução/Freepik
Foto: Reprodução/Freepik

O Conselho Nacional de Política Fazendária confirmou para janeiro de 2026 um novo aumento do ICMS incidente sobre combustíveis, ampliando o custo do diesel e elevando a pressão sobre o setor de logística. O ato publicado no Diário Oficial da União estabelece alta de R$ 0,10 por litro na gasolina, que passa a R$ 1,57; R$ 0,05 por litro no diesel, que chega a R$ 1,17; e R$ 1,05 por botijão no gás de cozinha.

Segundo dados da Gasola by nstech, a mudança na metodologia de cobrança adotada em 2022 — quando o ICMS passou a ter valor fixo por litro e alíquota unificada — resultou em aumento acumulado de aproximadamente R$ 0,22 por litro no diesel, equivalente a cerca de 23% dentro do próprio imposto estadual. Desde então, o peso do tributo na composição dos custos do transporte rodoviário tem crescido de forma contínua.

A Gasola aponta que o atual patamar do ICMS incide diretamente sobre a operação das transportadoras. Como o diesel é o principal insumo do transporte de cargas no país, qualquer reajuste entra de imediato nas planilhas de custos de empresas que consomem grandes volumes mensais de combustível. O repasse ocorre primeiro no valor do frete e, posteriormente, nos preços de alimentos, produtos industriais e itens destinados ao consumidor final.

Com o reajuste já definido para 2026, a expectativa é de aumento estrutural nos custos logísticos. Mesmo variações pequenas por litro, quando aplicadas ao consumo nacional de combustíveis, geram impacto significativo sobre a cadeia de transporte. O cenário tende a elevar despesas operacionais, afetar negociações entre embarcadores e transportadoras e influenciar o preço final das mercadorias.

Especialistas do setor afirmam que o debate deve se concentrar na previsibilidade do tributo, dado que revisões frequentes alteram o planejamento financeiro do transporte de cargas. A Gasola defende que a frequência dos reajustes passa a ser o principal ponto de atenção, já que o modelo de valor fixo reduziu diferenças entre estados, mas manteve a dependência da atualização periódica do imposto.

O setor logístico avalia que a estabilidade tributária é determinante para o planejamento do frete e para o funcionamento das cadeias de suprimentos. A discussão sobre reajustes anuais do ICMS sobre o diesel deve ganhar relevância em razão do impacto direto sobre operações que dependem de volumes elevados de combustível e da influência desse custo na formação de preços ao consumidor.

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