A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a previsão da safra brasileira de grãos de 2022/23 deverá ser a maior já produzida no país, com 317,6 milhões de toneladas. Isso representa um crescimento de 16,5% ou 44,9 milhões de toneladas em relação com a safra 2021/2022. Os dados estão disponíveis no 10º Levantamento da Safra de Grãos 2022/2023.
De acordo com a Conab, o desempenho é resultado principalmente, das lavouras de milho segunda safra e do crescimento da área semeada de trigo e representa um resultado 0,6% superior ao divulgado em junho último. Além disso, a companhia credita também as boas condições climáticas.
“A agricultura brasileira vem demonstrando sua força e potencial para alcançar números cada vez mais elevados, com investimentos constantes que permitem aumentos de produtividade”, disse o presidente da Conab, Edegar Pretto.
Colheita
Conforme o boletim divulgado pela companhia, no fim de junho, as culturas de primeira safra – com exceção do milho – tinham a colheita encerrada. As de segunda safra já estão em processo inicial de colheita, nos estágios de enchimento de grãos e maturação. Já as de terceira safra encontram-se em fase final de plantio para início de colheita, com o volume final da colheita dependendo das condições climáticas.
A soja deverá atingir uma produção recorde. Estima-se 154,6 milhões de toneladas, o que representa expansão de 23,1% ou 29 milhões de toneladas em comparação com o ciclo passado.
“Outras culturas – algodão, feijão e sorgo – seguiram o movimento de alta e apresentaram percentuais de aumento na produção. Já o arroz e alguns cultivos de inverno – aveia, centeio e trigo – apontam para redução no volume produzido em comparação com a safra anterior”, informou a Conab.
Expansão
O levantamento ainda mostra uma estimativa de área plantada de 78,2 milhões de hectares, o que representa uma expansão de 4,9%. O crescimento beneficiou principalmente o plantio de soja, com 2,6 milhões de hectares (6,2%), no milho, com 576 mil hectares (2,7%), e no trigo, com 343,4 mil hectares (11,1%).
“Neste levantamento, a Conab ajustou os números de esmagamentos da oleaginosa, de 52,29 milhões de toneladas para 52,82 milhões de toneladas, em decorrência do aumento na produção de biodiesel. Assim, os estoques finais antes estimados em 7,51 milhões de toneladas, passaram para 7,43 milhões de toneladas”, finalizou a companhia.
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